Branded content não é uma simples ferramenta, e sim uma postura que marcas devem adotar com originalidade e autenticidade.

Em um mundo em plena transformação, no qual dinâmicas de comportamento mudam com tanta fluidez, é necessário também mudar a forma de se pensar estratégias de comunicação entre marcas e público. E o Branded Content é um dos trunfos do momento.

O conceito — trazido por especialistas que se reuniram no último encontro do Ahead, no dia 27, no contemporâneo átrio do Santander Cultural — foi o foco da discussão.

Para a Chairwoman da BCMA, Patrícia Weiss, o branded content se desloca para o centro das estratégias das marcas como uma potente postura para gerar conexão e conversa com consumidores.

Publicidade é o planeta onde o que a marca quer vender é o foco. Conteúdo e entretenimento pertencem a um planeta que fala o que a audiência quer ouvir, e o branded content está intrinsecamente ligado a esse segundo universo.

O General Manager Brasil da Vice, Daniel Conti, ressaltou que: 

Quanto mais a empresa estiver equalizando a promessa de marca com os interesses da audiência, mais sucesso terá em sua estratégia de branded content.

 

Essa visão desmistifica completamente a ideia de que gerar conteúdo se resume somente ao que a marca pretende comunicar.

Segundo Daniel, o mercado precisa entender que a abordagem de conteúdo da marca precisa respeitar preceitos de storytelling e não de publicidade. Isso é crucial para garantir um bom desempenho junto à audiência. 

O  head de Marketing da Fiat Chrysler, Denis Onishi, complementou em sua fala que “o primeiro ponto do branded content é entender qual tipo de conversa que o consumidor quer ter para só depois pensar a estratégia”.

Portanto, não se trata apenas de adaptar a lógica da publicidade tradicional à estratégia de gerar conteúdo. Antes de mais nada, é necessário desconstruir conceitos e vícios de mercado da comunicação para só depois começar a pensar em propósito, estratégia e abordagem de conteúdos que realmente geram conversas entre marcas e consumidores.